Por: Aníbal Silva, Diário da Manhã
Maçonaria no Governo do Brasil |
A Monarquia instalada no Brasil, cujo regime político propunha uma relação de cima para baixo entre o Estado e a População, passou a ser repudiada por grande parte do povo. E causas como a Abolição da Escravatura, as influências externas, a perda de apoio popular por parte de Dom Pedro II, a maior autonomia das províncias e outros fatos, fizeram crescer movimentos contra o sistema imperialista reinante.
Numa memorável reunião na casa do Ir. Deodoro, dia 11 de novembro de 1889, os civis e militares republicanos decidiram que a Revolução rebentaria no próximo dia 20 daquele mês, quando 32 oficiais da Cavalaria firmaram um pacto de solidariedade com o Ir. Benjamim Constant. E no dia 14, com o forte boato de que os IIr, Deodoro, Benjamim e outros estavam prestes a serem presos pelo Governo, os IIr. Quintino Bocaiúva e Sólon Ribeiro (major), decidiram que a revolução fosse feita no dia seguinte.
No dia 15 de novembro de 1889, logo de manhã as tropas começaram a movimentar-se, chefiadas pelo Ir. Deodoro, que mesmo enfermo, colocou-se à frente e cercaram o Quartel-General do Exército, onde se encontrava reunido o Ministério Ouro Preto. No comando da 2ª Brigada, o Ir. Deodoro prendeu o presidente e depôs o ministério e passou a organizar o Governo Provisório. Estava, assim, proclamada a República Brasileira.
É importante registrar que o Primeiro Governo (Provisório) Republicano do Brasil, foi integrado somente por Maçons, tais como: Ir. Manoel Deodoro da Fonseca (general): Chefe do Governo; Ir. Benjamim Constant Botelho (Ten. Cel.): Ministro da Guerra; Ir. Eduardo Wandenkolk (almirante): Ministro da Marinha; Ir. Aristides da Silveira Lobo (advogado): Ministro do Interior; Ir. Quintino Bocaiúva (jornalista): Min. Negócios Estrangeiros; Ir. Rui Barbosa de Oliveira (advogado): Ministro da Fazenda/ Justiça; Ir. Demétrio Nunes Ribeiro: Min. Agric./ Com. e Obras; Ir. Campos Sales: Ministro da Justiça.
Portanto, há razões plausíveis, para que a Maçonaria comemore galhardamente a instituição do Regime Republicano em nosso país, cuja soberania é estruturada de baixo para cima.
(Aníbal Silva, M.M. e membro da Academia Goiana Maçônica de Letras)
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