Por: Alexandre Costa, expresso.sapo.pt
Todos vestidos da mesma forma, cerca de 2500 casais contraíram hoje matrimónio na cerimónia que teve lugar na sede da Igreja da Unificação, em Gapyeong, próximo da capital da Coreia do Sul.
É mais um dos casamentos massivos moonies, o segundo que ocorre após a morte, em 2012, de Sun Myung Moon, o fundador e 'profeta' da controversa instituição.
Seguindo os princípios estipulados por Moon, muitos dos casais encontraram-se pela primeira vez apenas horas antes de terem hoje casado. Também de acordo com os seus princípios, parte dos cônjuges são de nacionalidade diferente e alguns não falam sequer uma língua comum.
Segundo a crença que desenvolveu, o amor romântico leva à promiscuidade sexual, casais desequilibrados e sociedades disfuncionais.
Primeira cerimônia nos anos 1960
O próprio Moon fazia a combinação dos pares nos casamentos colectivos que começou a realizar no início da década de 1960.
As primeiras cerimônias envolviam apenas algumas dezenas de casais, mas com o passar dos anos ganharam outra dimensão.
Em 1997,30 mil casais contraíram matrimónio em Washington, em 1999 cerca de 21 mil fizeram-no no Estádio Olímpico de Seul.
Nos últimos anos, a combinação dos pares passou a ser feita pelos respectivos pais, mas muitos dos que se casaram hoje ainda optaram por que a escolha fosse feita pela instituição numa cerimónia que teve lugar há alguns dias, presidida pela viúva do fundador, Hak Ja Han, de 71 anos, que também presidiu hoje o casamento.
Os que optaram por casar nos moldes 'tradicionais' da Igreja da Unificação devem abster-se de ter relações sexuais durante pelo menos os próximos 40 dias.
Moon criou grande império empresarial
Falecido devido a uma pneumonia, aos 92 anos, em setembro de 2012, Moon desenvolveu uma interpretação pessoal da bíblia, considerando que tinha como missão terminar a tarefa de Jesus, restaurando a pureza imaculada da humanidade.
Era natural da Coreia do Norte, oriundo de uma família que se convertera ao cristianismo. Paralelamente à sua faceta religiosa, criou um grande império empresarial, que abarcou a área dos media, nomeadamente o grupo que fundou o "The Washington Times".
Em 1982 foi preso nos Estados Unidos por evasão fiscal.
Os seus inúmeros críticos consideram que foi um charlatão fundador de uma seita.
A Igreja da Unificação diz ter atualmente três milhões de membros em todo o mundo, mas os críticos consideram que os números reais são bastante inferiores.
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