A licitação que a prefeitura do Rio promove para contratar empresas de saúde, destinada ao atendimento à população durante a Jornada Mundial da Juventude, ainda está cercada de incertezas - a pouco mais de uma semana do evento. Até a manhã desta sexta-feira, a situação era a seguinte: os envelopes da concorrência poderão ser entregues, mas a prefeitura não poderá abrir as propostas. A decisão é da desembargadora Regina Lucia Passos, que acolheu parcialmente o pedido de liminar do Ministério Público, para impedir que o município do Rio aplicasse recursos públicos no evento católico. Para que a cidade receba as propostas das empresas interessadas em fornecer profissionais, insumos e equipamentos ao evento, a Arquidiocese do Rio de Janeiro teria de apresentar, até as 10h, uma lista de imóveis para garantir a caução exigida pela magistrada aos organizadores do evento, a fim de que não haja qualquer prejuízo ao erário público. O valor é de 7,8 milhões de reais.
A prefeitura do Rio informou, no fim da manhã, que os envelopes foram recebidos e estão em poder do pregoeiro. "Conforme determinação do juiz de plantão na madrugada desta sexta-feira, as propostas para a licitação foram recebidas nesta manhã e encontram-se lacradas e guardadas com o pregoeiro. Neste momento, a sessão está suspensa aguardando a decisão do desembargador a quem for atribuído o julgamento do recurso impetrado pelo Ministério Público", diz a nota da assessoria de imprensa do município do Rio.
Em seu despacho, a desembargadora Regina Lucia Passos reforça que os “serviços de saúde e segurança patrimonial complementares já estavam sob responsabilidade e patrocínio pelo Instituto privado (Instituto Jornada Mundial da Juventude), que, inclusive, efetuou pagamentos pelos serviços de saúde que serão prestados nos locais do evento”.
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