A tolerância em relação aos gays e lésbicas está crescendo dentro da comunidade evangélica, tida como um reduto contra a homossexualidade.
Muitos evangélicos já expressam opiniões ambivalentes sobre o assunto, compondo um grupo emergente chamado "Evangélicos Ambivalentes" - evangélicos que se opõem ao homossexualismo por motivos morais, mas apoiam a igualdade de direitos, tais como uniões civis para pessoas do mesmo sexo.
Segundo Brandon Martinez, da Universidade Baylor (EUA), a mudança de postura da comunidade evangélica terá fortes implicações para o debate sobre o casamento gay.
O recente pedido de desculpas à comunidade gay pela entidade Exodus International - um ministério eclesiástico evangélico que há muito defendia o movimento da "cura gay" - e sua dissolução logo em seguida, são a prova da mudança no seio da comunidade evangélica.
O líder da Exodus International afirmou que a visão de mundo anterior do grupo "não honrava nossos companheiros seres humanos e nem tinha fundamentos bíblicos."
Baseado em artigo de Daniel Fowler - ASA
Honrando os companheiros seres humanos
Os pesquisadores descobriram que 24% dos evangélicos se enquadram na categoria ambivalente, apoiando as uniões civis homossexuais, ainda que sejam moralmente contra a homossexualidade.
A pesquisa, projetada por pesquisadores da Universidade de Baylor e realizada pela Organização Gallup, incluiu mais de 300 questões envolvendo a religião e as atitudes, crenças e valores do público norte-americano.
"Nós sabíamos que os evangélicos moderados e ambivalentes estavam lá, mas agora eles estão realmente começando a ter uma voz e começando a ser mais políticos," disse Martinez.
O grupo que os pesquisadores chamam de "Evangélicos Ambivalentes" tem pontos de vista diferentes dos evangélicos "Opositores aos Direitos Gay", que se opõem à união civil, e também dos "Progressistas Culturais", que apoiam o comportamento homossexual e as uniões civis.
Mas, em termos de religião, "os ambivalentes são semelhantes aos opositores dos direitos dos homossexuais quando se trata de nível de crença, frequência à igreja, a vida de oração, a leitura da Bíblia e ter amigos na igreja", disse Lydia Bean, coautora do estudo.
"Eles estão incluídos na igreja e não são periféricos. Você tem pessoas nos bancos da igreja e servindo como professores da Escola Dominical que apoiam a união civil," complementa Bean.
Êxodo
O estudo observa que, em 2004, os grupos de Direitos Cristãos, liderados pelas entidades "Foco na Família" e "Conselho de Pesquisas da Família", mobilizaram-se para defender o casamento tradicional e um referendo proibindo as uniões civis.
Segundo os pesquisadores, eles se juntaram à Exodus International, que considerava que a homossexualidade era um pecado, que gays e lésbicas poderiam "superar" a homossexualidade por meio de uma "cura" espiritual, e que a orientação sexual não seria fixada biologicamente.
Os pesquisadores também observaram que, em novembro de 2012, o pastor evangélico Rick Warren - pastor da maior megaigreja dos EUA e autor de livros campeões de venda - expressou arrependimento por suas declarações públicas de apoio à Proposição 8, que proibia os casamentos homossexuais na Califórnia.
"Como uma questão moral, prevemos que a oposição aos direitos civis gays não terá o mesmo poder de permanência que o debate sobre o aborto," disse Martinez.
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