Por: Julio Severo
Saulo Navarro (Ex-gay) |
Saulo Navarro: Passei por situações de traumas e abusos na minha infância e pré-adolescência que me deixaram totalmente inseguro para desempenhar minha masculinidade. Chamo esta fase de “pré-homossexualidade”, ou seja, houve uma construção que favoreceu minha entrada na prática da homossexualidade. Durante minha juventude, fiz algumas tentativas frustradas de namorar garotas. Uma namorada, ao perceber que eu não iniciava alguns “contatos” físicos falou ao meu ouvido que às vezes achava que eu não era homem. Estas palavras feriram profundamente minha alma. Ocorreu mais tarde, com esta mesma namorada, uma situação de abuso sexual. Este abuso gerou em mim pensamentos de incompetência, medo, angústia, frustração. A partir deste momento decidi nunca mais namorar garotas. Só que não disse que iria ser homossexual. Porém, tive contato com o meio homossexual através de um amigo que estava nesta prática há anos. Então, depois de toda esta construção, acabei por me declarar homossexual. Ainda mais convivendo com amigos(as) que praticavam a homossexualidade de forma tão aberta.
JS: O que deixava você mais inquieto na prática homossexual?
SN: A infidelidade e instabilidade. Busquei ser fiel em cada relacionamento, mas via a infidelidade reinar. Durante 12 anos na prática da homossexualidade jamais presenciei uma dupla ser fiel. A pornografia também me deixava inquieto. Menciono também a questão sexual, pois o sexo homossexual masculino acaba numa mistura de fezes com esperma que não serve para nada.
JS: Há uma ideia imposta hoje de que a psicologia pode e dever ser usada para manter homens nas práticas homossexuais, mas não pode ser usada em favor dos homens que querem sair dessas práticas. O que você acha?
SN: Conselho Federal de Psicologia se dobrou ao movimento LGBT. Tenho acompanhado as tomadas de decisões deste Conselho com relação à censura que os psicólogos sofrem ao demonstrar que podem ajudar a resignificar a sexualidade de uma pessoa que esteja insatisfeita com a atração que sente pelo mesmo sexo.
Se todas as pessoas que sofrem por sentirem atração pelo mesmo sexo falassem que não querem estar homossexuais é bem provável que este Conselho, que trabalha em favor do movimento LGBT, avalie estas limitações impostas aos profissionais da psicologia. Estas pessoas merecem ter esta ajuda sem que tenham que perambular pelas vielas das clínicas para achar alguém que possa atendê-los sem receio e medo de ser punido pelo CFP. Pessoas que deixaram a prática homossexual fazem parte de uma diversidade que é rejeitada e odiada pelo movimento gay e agora pelo CFP. É uma tremenda vergonha o que este Conselho tem feito ao limitar seus profissionais por pura manipulação do movimento gay. Na verdade quando o CFP age desta forma está demonstrando para a sociedade que a ferramenta psicologia não serve para algumas áreas da vida de uma pessoa, está dizendo que não serve para ajudar um indivíduo que está em sofrimento psíquico e deseja abandonar a homossexualidade. Vou mais além, as faculdades de psicologia de nosso país estão formando psicólogos totalmente favoráveis ao movimento LGBT. Esta geração de psicólogos já está aí, nas clínicas, propagando ideologias como a do movimento gay e de gênero. Ou seja, vivemos um momento em que a psicologia trabalha em favor da Nova Era.
JS: Você crê que Deus liberta os homossexuais sem psicologia?
SN: Creio. Deus é soberano. A psicologia é uma ciência e Deus excede a toda ciência. Vejo a psicologia como mais uma ferramenta que pode ser utilizada por Deus para levar saúde emocional ao ser humano.
Aponto o seguinte: após 12 anos de prática homossexual percebi que as instabilidades do meio gay estavam me levando a um estado emocional deplorável. Recebi um convite de um amigo para ir numa reunião da igreja em que participava. Aceitei Jesus como meu único Senhor e Salvador e passei a segui-lo aceitando todo conteúdo bíblico como verdade para minha vida, inclusive as passagens que tratam da homossexualidade como pecado e comportamento fora da vontade de Deus para o ser humano. Ao chegar em casa, após aceitar Jesus em minha vida, percebi que o desejo pelo mesmo sexo ainda estava lá, era real. Durante 4 anos caminhei dentro da igreja sentindo atração pelo mesmo sexo. Ficou claro para mim que deixar de sentir atração pelo mesmo sexo levaria tempo, não se mudaria de um dia para o outro. Entendi que Deus estava proporcionando ferramentas para me ajudar na caminhada. Pessoas foram usadas por Deus para me levar ao crescimento e amadurecimento. Em um determinado momento precisei da ajuda de uma psicóloga que tratou as consequências dos abusos que sofri durante minha vida, inclusive o abuso sexual sofrido por uma namorada. Acredito que um psicólogo sério (cristão ou não), que não tenha se dobrado às imposições do CFP, pode ajudar um indivíduo a abandonar o comportamento homossexual. Esta pessoa que busca ajuda para abandonar o comportamento homossexual precisa estar inserida numa relação de ajuda. Sozinho é praticamente impossível vencer.
JS: Há uma grande afinidade entre religiões afro-brasileiras (candomblé, por exemplo) e homossexualidade.
O deputado gayzista Jean Wyllys disse que foi guiado por exus para entrar na política. Luiz Mott, o líder máximo do movimento homossexual no Brasil, é também simpatizante das religiões afros. O que você acha dessa relação?
SN: Antes de entrar na prática da homossexualidade fui abordado por um homem que participava de uma destas religiões afro-brasileiras que veio me pedir algo: “para que eu me desenvolva lá dentro será preciso ter uma relação homossexual e escolhi você”. Ele não se considerava homossexual, mas disse que precisaria se envolver com a homossexualidade. A prática da homossexualidade não faz parte do projeto de Deus para o ser humano. Interessante o que houve com este rapaz: ele teria que se sujeitar a uma prática sexual para atender à imposição de uma religião e desta forma adquirir crescimento e poder. Neste caso este rapaz não se considerava homossexual. Conheci pessoas que se consideravam homossexuais e que se envolveram com religiões afro-brasileiras porque encontraram ali um local que não exigiria mudança de comportamento. Pode-se estar homossexual sem problema algum, assim como podemos ver nas igrejas inclusivas.
JS: Uma das aflições que Jesus mais lidou em sua pregação e demonstração do Evangelho do Reino de Deus era a possessão demoníaca. Ele expulsava demônios frequentemente e deu autoridade aos seus seguidores em todas as gerações de também oferecerem libertação espiritual aos possessos. Em que ponto existe uma relação entre práticas homossexuais e possessão demoníaca?
SN: O mundo em que vivemos jaz no maligno. Homens e mulheres, homossexuais ou não, sofrem opressões demoníacas e alguns chegam a ser possessos de demônios. Estive na prática da homossexualidade por 12 anos, passei por momentos de libertação na igreja em que congregava e não tive manifestação de demônios por conta deste envolvimento com a homossexualidade. Conheci pessoas no meio homossexual que se envolveram com situações que permitiram demônios entrarem em suas vidas. Um amigo foi possesso de demônios e houve libertação durante um momento de expulsão dos mesmos. A expulsão destes demônios não anulou a atração que ele sentia pelo mesmo sexo. Ele entendeu que o comportamento homossexual foi aprendido e poderia ser desaprendido dentro de um processo de ajuda.
JS: Nas épocas em que não existia propaganda gay, a entrada na homossexualidade se dava quase que exclusivamente pelo abuso sexual. Você teme que agora, com a enorme e onipresente propaganda gay estimulando abertamente a homossexualidade e apresentando-a como alternativa atraente e desejável, os jovens fiquem confusos e optem por experimentar?
SN: Tenho ouvido vários pré-adolescentes e adolescentes envolvidos com a homossexualidade e bissexualidade que me procuram para desabafar. Os pais descobrem o envolvimento do filho na homossexualidade e se inicia um enorme stress em cima do filho para que mude de comportamento o mais rápido possível. Chamo estes pré-adolescentes e adolescentes de “Geração Tolerância”. Alguns falam de abusos sexuais e abusos emocionais como parte de sua história, a maioria me fala o seguinte: “Saulo, sua história de vida é marcada por traumas e abusos. Eu não tenho nada disto do que você fala e escreve, estou na homossexualidade porque gosto e não vejo problema algum. Entendo que Deus é amor e que Ele não condena o meu amor por uma pessoa do mesmo sexo.” Esta geração recebeu estímulo para ver a homossexualidade e bissexualidade como normal, desde o berço. A propaganda gay e a mídia têm estimulado uma geração inteira para que pratiquem não só a homossexualidade como a bissexualidade também. Esta geração não passou por abusos sexuais e traumas. Sofrem estímulos e manipulações há anos. Atualmente as famílias estão colhendo os frutos desta manipulação toda que vemos ser propagada ao nosso redor. Para estes jovens, a palavra tem de ser de alerta total. Eles precisam saber do que há por trás desta manipulação. Ideologias gays, de gênero, feministas e outras têm grande interesse em destruir às famílias que possuem valores principalmente cristãos, e isto se consegue através das influências feitas na mente das crianças.
Para estes escrevo: Fantoches úteis, isto mesmo, fantoches úteis. Vivemos numa época onde pré-adolescentes, adolescentes e jovens assumem abertamente aos pais sua homossexualidade e bissexualidade. Estes jovens se declaram livres, parte de uma geração tolerância que se acham donos do próprio nariz. Gritam em alta voz que são livres para viver a sexualidade da forma que acharem melhor. Para estes jovens eu digo, CUIDADO – VOCÊ QUE SE ACHA LIVRE, QUE FAZ O QUE QUER, VOCÊ ESTÁ MAIS PRESO DO QUE POSSA IMAGINAR. Esta geração que se assume homossexual está apenas agindo como os ideólogos gays, feministas e de gênero querem. Estes jovens são usados e manipulados por ideologias que têm o único interesse de destruir a família tradicional, projetada por Deus. Enquanto se dizem livres, na verdade são bonecos de fantoche nas mãos destes movimentos que buscam desmontar a sociedade atacando a célula nuclear, a família.
JS: O que você pensa da forte política moderna dos EUA, que apenas algumas décadas atrás eram uma potência protestante, de liderar o imperialismo homossexual internacional?
SN: Os EUA estão se prostituindo com a Nova Ordem Mundial que tem por objetivo não só proliferar a homossexualidade como destituir a família projetada por Deus da posição em que sempre esteve. Esta forte política moderna dos EUA atende a uma agenda do inferno, de homens interessados em dizimar a família cristã do mapa.
JS: O que você acha do PLC 122 e outras leis que criminalizam a opinião cristã contra as práticas homossexuais?
SN: A intenção de todas estas leis é não somente tratar da legalização da imoralidade como também eliminar todo pensamento que trata do pecado. A imoralidade está aprovada e amparada por lei, então, por que tratar a homossexualidade como pecado? O pecado deixando de ser considerado pecado elimina os feitos de Jesus e, logicamente, acontece uma verdadeira caça às bruxas, uma caça aos cristãos que verdadeiramente dão nome ao pecado. Cala-se a boca dos cristãos e elimina valores embasados no que Deus projetou para o ser humano. O PLC 122 não só criminaliza a opinião cristã como gera novos valores na sociedade, exemplo: o casamento entre um homem e uma mulher sempre teve um valor, hoje uma dupla do mesmo sexo recebeu um valor através da PLC122, e posteriormente um homem com três mulheres também terá um valor dentro da sociedade.
JS: Como as igrejas devem lidar com homossexuais que chegam aos seus templos pedindo ajuda?
SN: Primeiramente a igreja precisa urgentemente entender o que acontece no mundo. Entender como os grupos gays, feministas e de gênero estão agindo na sociedade. As igrejas precisam de homens e mulheres sarados em sua feminilidade e masculinidade para conseguir proporcionar apoio ao que sofre com sua sexualidade. É preciso voltar ao discipulado, ao caminhar junto, dentro de uma relação de ajuda. É preciso estar a par do que há por trás da pessoa que chega pedindo ajuda. Se a igreja entender que a homossexualidade na vida de uma pessoa não é o foco e sim o que sustenta esta pessoa na homossexualidade então alguns passos já foram dados. A omissão da igreja foi grande e agora é apagar incêndio. A igreja tem de sair da omissão e partir para a compaixão, para a ação. É preciso compreender os infinitos fatores que podem levar um indivíduo à prática da homossexualidade. O meio homossexual é instável, e haverá um tempo em que esta pessoa poderá ir até uma igreja em busca de apoio. As igrejas podem oferecer um local seguro e confiável, oferecer um ambiente caloroso que mostre a diferença de uma vida de pecado com uma vida em Cristo.
JS: Como as igrejas devem lidar com a militância gay organizada que pressiona os cristãos a se renderem diante das exigências da agenda gay?
SN: A militância gay é cruel e sem escrúpulos. A igreja não deve ser ingênua a ponto de desconsiderar este fato. A igreja deve ser firme em seu posicionamento e estar sempre contrária a esta agenda gay e se preciso for se defender juridicamente dos ataques da militância gay.
JS: Grandes denominações protestantes nos EUA, inclusive a presbiteriana e a luterana, estão ordenando pastores homossexuais. O que os cristãos brasileiros precisam fazer para se proteger dessa influência da apostasia americana e da teologia gay?
SN: Os cristãos brasileiros devem estar atentos a todo movimento contrário à verdadeira palavra de Deus. Para isto é preciso se voltar à Palavra de Deus pura e limpa. A teologia gay ganha espaço na mente de uma parte dos cristãos justamente pelo desconhecimento que estes tem da Palavra de Deus. A manipulação da teologia gay é grande, tem convencido cristãos de que Deus aceita toda forma de amor. O povo cristão brasileiro precisa parar de ver novela. As novelas brasileiras vêm há décadas mostrando mentiras como verdades, o povo cristão brasileiro tem dado atenção a essas porcarias que passam na TV. Com isto temos uma geração que tem um olhar totalmente normal quanto à homossexualidade e bissexualidade. Escrevo sobre este assunto por justamente ouvir jovens que receberam esta lavagem cerebral durante toda uma infância e adolescência. E infelizmente pais cristãos assistem a toda esta porcaria na TV ao lado de seus filhos. Enquanto isto a teologia gay caminha em passos largos. É hora de se levantar e se posicionar contra estas mentiras pregadas pela teologia gay, que tenta a todo custo convencer cristãos de que o amor entre duas pessoas do mesmo sexo são aceitas por Deus desde que estejam numa relação estável. Uma mentira contada mil vezes se torna uma verdade.
JS: Quase vinte anos atrás, quando Marta Suplicy apresentou um projeto de lei de união civil homossexual, ela negou completamente que o alvo era casamento e adoção de crianças por duplas gays. Vinte anos depois, o alvo deles é claro: casamento e adoção. Você acha que há mais objetivos que eles querem conquistar a curto ou longo prazo, embora neguem hoje?
SN: Esta manipulação toda começou com a união estável entre um homem e uma mulher, o que abriu espaço para a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Com isto, conquistou-se o “casamento” entre pessoas do mesmo sexo, inseminação e adoção. Agora abriu-se espaço para outros tipos de uniões, como dois homens e uma mulher, uma mulher e dois homens... Não tenho dúvida alguma que o objetivo a curto prazo seja a legalização da pedofilia. O pedófilo terá agora uma orientação sexual assim como os homossexuais. Toda esta manipulação vem acontecendo gradativamente, como um conta gotas. Mentiras são contadas infinitas vezes e a sociedade engole como se fosse verdade. É a tal da ideologia de gênero que trabalha com a manipulação da linguagem.
JS: Qual é o seu ministério hoje?
SN: Desenvolvo palestras, estudos, seminários e oficinas dentro das igrejas cujo foco é a conscientização do povo de Deus para oferecer apoio e graça ao que busca ajuda para abandonar a prática da homossexualidade. Através destas atividades levo esclarecimentos quanto a temas como Ideologia gay, ideologia de gênero (Teoria Queer), Prevenção da Homossexualidade, Crianças Transgênero Futuros Transexuais, Quando Alguém do seu Convívio Diz que é Homossexual, Nova Ordem Mundial, etc. O tempo que dedico a estas atividades é parcial.
JS: Você tem livros publicados?
SN: Não. O único material que escrevi foi minha história de vida e está disponibilizado na internet: Homossexualidade – Um Engano em Minha Vida.
JS: Como você alcança homossexuais?
SN: Através das atividades que desenvolvo nas igrejas e materiais que disponibilizo na internet. Com a conscientização que levo às igrejas consigo mobilizar outras pessoas para se posicionarem neste tipo de ajuda ao que sofre devido a atração que sente pelo mesmo sexo. Raramente tenho tempo para aconselhar pessoas.
JS: Seu ministério ajuda apenas homossexuais ou também outras pessoas oprimidas?
SN: De início o foco foi apenas homossexuais, porém devido à demanda tenho ajudado pais de homossexuais e pessoas que sofrem com a homossexualidade de alguém de seu convívio
JS: O que você aconselharia aos intercessores, que clamam diante de Deus pela libertação dos homossexuais e contra o imperialismo homossexual que está sendo imposto sobre crianças e famílias?
SN: Agir urgentemente, ir para a prática e criar ferramentas que possam combater este imperialismo gay. Tenho visto muita teoria e pouca prática dentro de nossas igrejas. As crianças aqui no Brasil em breve serão preparadas para o “gênero neutro”, e os pais não estão percebendo a manipulação destes movimentos. Se você é um intercessor então parta para a ação. Interceda para que os líderes cristãos possam preparar uma nova geração de homens e mulheres sarados em sua masculinidade e feminilidade, para que possam ser instrumentos de bênçãos na vida de seus filhos.
JS: Qual a mensagem que você daria às igrejas nestes tempos em que se aproxima uma ditadura gay?
SN: Estejam preparadas para defender sua crença. Agora veremos quem é o verdadeiro cristão. A ditadura gay está com o terreno preparado e os líderes das igrejas terão que ser firmes em seu posicionamento. Atualmente não tenho ouvido pregações que falam do pecado, já existe um medo instalado. A igreja será o único local que poderá se opor a ditadura gay. Igrejas, estejam atentas a tudo o que acontece no mundo.
Estejam a par das leis que favorecem a ditadura gay. Orar é bíblico, e agir também é.
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