Agressão aconteceu na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, na Zona Leste.
Por: Ellyo Teixeira, Do G1 PI
Moradora de rua é agredida por segurança da Igreja |
“Em posse de um cassetete, o segurança desferiu inúmeros golpes em mim. Só não morri porque pessoas que presenciaram a agressão começaram a gritar e conseguiram com que o agressor parasse com o espancamento”, relatou.
Por causa das pancadas, socos e chutes que recebeu, a mulher teve que ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada ao hospital do bairro Satélite, na Zona Leste. “Ele pegou pesado comigo. Perdi muito sangue, além de estar com uma série de escoriações na cabeça e pernas”, disse Celina.
Uma mulher que presenciou o ocorrido, mas que preferiu não se identificar, também manifestou sua indignação. “Nós a conhecemos. Damos água e comida porque há muito tempo ela está por aqui. Ela pode ser moradora de rua, mas não tira sua dignidade”, comentou.
O G1 esteve na Igreja de Nossa Senhora de Fátima e procurou pelo segurança, mas alguns funcionários se recusaram a dar informações e o contato dele. O homem foi identificado apenas como Francisco.
O padre Tony Batista, pároco da igreja onde aconteceu a agressão, lamentou o fato através de um comentário publicado nesta segunda-feira (7) no seu perfil em uma rede social e disse que faltou preparo por parte do segurança para lidar com a situação. No texto, Tony Batista diz ainda que só soube do que aconteceu muito tempo depois, mas está tomando as medidas necessárias.
Veja o comentário
Antes de tudo gostaria de falar sobre um acontecimento de ontem à noite no pátio da Igreja de Fátima. A Celina (senhora que foi agredida) é usuária de droga há mais de 20 anos. Nós a acompanhamos. Já foi internada e sempre recai. Agora mesmo estamos tentando interná-la novamente. Fizemos um pequeno apartamento para ela junto da casa paroquial e ela abandonou, alugamos uma casinha num bairro e ela, agora, já deixou a casa. Convivo com ela desde 75. Sou, inclusive, padrinho da sua filha. Sinto-me como o seu protetor. Contudo ela passa o dia todo provocando quando está em crise. Ela e um grupo que acompanha. Agora ela está péssima. Mas todo mundo conhece e já sabe quem ela é. FALTOU AO VIGILANTE O MÍNIMO DE PREPARO PARA LIDAR COM ESSES MOMENTOS. Jamais aceitaria uma coisa dessas. Quando soube procurei a Celina e ela já aceitou voltar para um tratamento de novo. Fica para mim e para as pessoas de boa vontade saber o quanto é diabólico o crack. Rogo perdão (só soube bem depois) por ter acontecido no patamar da nossa igreja. Mas é lá que ela sempre encontra o apoio, o carinho e a ajuda. Toda a comunidade é testemunha. (P. Tony)
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