Por: http://guiame.com.br/
No final de julho dois norte-americanos, incluindo a missionária Nancy Writebol da agência "SIM EUA" e o Dr. Kent Brantly da "Samaritan's Purse", foram diagnosticados com o vírus mortal Ebola, enquanto trabalhavam em Monrovia, Libéria (África).
Ambas as organizações baseadas na fé cristã chamaram a atenção de todos para uma resposta internacional à epidemia de Ebola na Libéria e nos países vizinhos. A situação no país situado na África Ocidental continua sendo preocupante, pois o vírus ainda está se espalhando.
Com o retorno de dois missionários norte-americanos para o tratamento nos EUA, o Centro de Controles de Enfermidades ("CDC - Center for Disease Control") relata que esta é a primeira vez na história dos Estados Unidos de se tem registros que alguém infectado com Ebola entrou na nação.
Essa constatação chama a atenção para "Cinco coisas que os cristãos precisam saber sobre o surto de Ebola"
1. No que o Ebola é diferente dos outros vírus?
Batizado com o nome do rio Ebola, no Zaire (hoje República Democrática do Congo), ao contrário de alguns vírus que mudam ao longo do tempo, o Ebola praticamente permaneceu o mesmo desde sua descoberta, em 1976. Especialistas afirmam que este fato demonstra que o ambiente em que o vírus é encontrado é terrivelmente insalubre, com condições precárias de saneamento básico e esgoto em vez de o vírus em si ter se tornado mais volátil.
O vírus Ebola é composto por cinco espécies: Bundibugyo, Costa do Marfim, em Reston, Sudão e Zaire - fazendo alusão aos seus lugares de origem. Quatro destes cinco causaram doenças em seres humanos. Embora o vírus Reston possa infectar os seres humanos, não foram relatadas doenças ou mortes causadas por este.
2. Como o Ebola se prolifera?
Anteriormente conhecida como febre hemorrágica Ebola, a doença é contraída através de contato direto com o sangue, secreções, órgãos ou outros fluidos corporais de animais infectados. Na África, a infecção foi documentada através da manipulação de chimpanzés, gorilas infectados, morcegos, macacos, antílopes florestais e porcos-espinhos encontrados doentes ou mortos ou na floresta.
A Organização Mundial de Saúde relata que a escala do surto de Ebola em curso não tem precedentes, com cerca de 1.599 casos confirmados e suspeitos relatados e 886 mortes na Guiné, Libéria e Serra Leoa desde março de 2014.
Dra. Margaret Chan, diretora geral da OMS adverte que as consequências do surto podem ser "catastróficas", considerando o vírus está se espalhando mais rápido que a capacidade de controlá-lo.
"A escala do surto de Ebola, e a ameaça persistente que representa, requerem a OMS e a Guiné, Libéria e Serra Leoa levem os resultados a um novo nível, e isso vai exigir mais recursos, perícia médica no país, preparação e coordenação regional. Os países identificaram o que eles precisam, e a OMS está chegando à comunidade internacional para levar o plano de resposta adiante", destacou.
As organizações de saúde estão trabalhando para chegar à frente do Ebola, mas a organização médica internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) afirma que fundos adicionais são necessários para combater o vírus.
"A epidemia está fora de controle. Com o surgimento de novos sites na Guiné, Serra Leoa e Libéria, há um risco real de se espalhar para outras áreas", disse o Dr. Bart Janssens, diretor de operações de MSF.
Apenas algumas organizações estão tratando as pessoas afetadas pelo vírus, que pode matar até 90 por cento das pessoas infectadas.
3. Quais são os sintomas e existe uma cura para o Ebola?
Os Médicos Sem Fronteiras informaram que no início, os sinais de alerta são amplos, o que torna o diagnostico mais difícil. Os sintomas podem aparecer entre dois a 21 dias após a exposição ao vírus.
De acordo com CDC, os sintomas apresentados pelo Ebola geralmente incluem febre, dor de cabeça, dores articulares e musculares, fraqueza, diarréia, vômitos, dor de estômago e falta de apetite. Alguns pacientes podem ir para experiências mais extremas, como olhos vermelhos, fortes soluços, dores no peito, dificuldade em respirar e engolir.
O tratamento padrão para o Ebola é limitado à terapia de suporte. Isto consiste em hidratar o paciente, mantendo o seu estado de oxigénio e pressão arterial, para tratar quaisquer outras infecções.
Nos últimos dias, Dr. Brantly, de 33 anos de idade recebeu tratamento com um soro experimental no Hospital da Universidade de Emory, em Atlanta, Georgia, que teve um impacto imediato e favorável em seu estado de saúde.
4. Foi correto permitir que os norte-americanos infectados voltassem para os EUA?
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças informaram que há um medo crescente sobre a proliferação do vírus entre os americanos. Tanto é que o CDC confirmou que recebeu e-mails "desagradáveis" e mais de 100 ligações de pessoas com frases do tipo: "Como vocês ousam trazer o vírus do Ebola ao país?".
Nos últimos dias, personalidades conhecidas já opinaram sobre a decisão de permitir que os dois americanos infectados voltassem para os EUA.
Na TV Newsmax, o Dr. Ben Carson criticou a decisão. Neurocirurgião aposentado e comentarista conservador, Carson afirmou que uma delegação médica equipada com os suprimentos e recursos para fornecer cuidados necessários deveria ter sido enviado para a África.
"É uma doença altamente contagiosa e que requer algumas infrações nos procedimentos. De repente, você tem mais propagação e é disso que eu tenho medo", disse Carson.
O bilionário Donald Trump se juntou a Carson ao também condenar a decisão.
"Não deixem que pacientes com Ebola entrem nos EUA. Tratem deles, com o mais alto nível ali [África]. ESTADOS UNIDOS TEM PROBLEMAS o suficiente!", postou o empresário em seu perfil oficial do Twitter.
Mas muitos que têm servido no campo missionário discordam veementemente das opiniões acima.
Tendo atuado em países como Índia, Tibet, Japão e em todo o continente africano como enfermeira internacional para ação após desastres, Jill Davidson disse que o Dr. Brantly e Nancy Writebol têm servido sacrificialmente o "menor destes" na missão e deve ser atribuído o mesmo tipo de relação em sua terra natal.
"Isso me deixa realmente irritada que eles estão respondendo desta forma. Sei que as pessoas estão com medo, mas estes são cidadãos americanos, e eles têm uma melhor chance de sobrevivência aqui em os EUA", destacou.
Davidson afirma que os críticos precisam entender como estão horríveis as condições em países subdesenvolvidos e que não julgaria tão duramente a decisão de permitir que os norte-americanos retornassem para o tratamento em país.
"Estou feliz que os trouxeram para casa e deram-lhes os melhores cuidados possíveis, aumentando a chance de sobrevivência", celebrou.
Penny Dugan é fundadora e diretora da agência "New Jerusalém" missões baseadas em Newton, Kansas. Ela trabalhou com as pessoas infectadas com o vírus da AIDS por mais de duas décadas.
Em 2004, Dugan estabeleceu um hospital em Durban, África do Sul, que representava uma ameaça ainda maior de contaminação.
"Como missionário e estando muito doente na África que eu gostaria de estar em casa. Eu acho que é o mínimo que podem fazer é cuidar dos seus próprios cidadãos. Nós cuidamos de todos os outros", disse.
Com informações do Christian Head Lines / Religion Today
*Tradução por João Neto - www.guiame.com.br
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