Na semana passada, a Igreja Evangélica Luterana da América (ELCA) votou pela primeira vez em um homem abertamente homossexual para que se tornasse bispo. Durante vinte anos, R. Guy Erwin foi banido do ministério ordenado na ELCA; em 2009, a Igreja Luterana levantou a proibição e ele foi ordenado. Agora, apenas quatro anos depois, o Sr. Erwin está prestes a se tornar o primeiro bispo luterano gay.
Com mais de quatro milhões de membros em 10.000 congregações, a ELCA é a sétima maior igreja protestante do país, e a segunda depois da Igreja Episcopal a ordenar e promover "parcerias homossexuais". O fato de que as igrejas episcopais e luteranas tenham reconhecido os ministérios umas das outras, e que os ministros luteranos trabalhem regularmente em igrejas episcopais e vice-versa, significa que, em muitos aspectos, existe agora uma denominação protestante liberal que poderia ser chamada de a Igreja Luterana Episcopal dos EUA.
Não é minha intenção brigar com os luteranos episcopais sobre a sua decisão. Também não pretendo argumentar sobre a moralidade do ato de sodomia. Qualquer ser humano com bom senso conhece os fatos sobre a sexualidade humana e entende que a relação sexual entre dois homens não é o que Deus planejou.
Deixando de lado tais debates, existe uma dificuldade mais profunda e preocupante na decisão de tolerar a homossexualidade. Isso não tem nada a ver com a sexualidade humana, mas com os próprios princípios fundamentais da fé cristã e, de fato, da própria religião.
O luteranos episcopais não votaram simplesmente para "ser legais com as pessoas homossexuais". A razão pela qual os luteranos episcopais votaram a favor da homossexualidade é porque eles acreditam que a sua compreensão e seu ambiente cultural são mais importantes do que a revelação divina.
Eles não são ignorantes, pois sabem que a Bíblia condena o comportamento homossexual. Eles entendem que praticamente todas as religiões, em todos os momentos e em todos os lugares, condenaram a prática da homossexualidade. E, no entanto, nada disso importou; em vez disso, eles demonstraram acreditar que o cristianismo pode e deve ser adaptado ao contexto cultural às necessidades pastorais do momento. Eles realmente acreditam que a sua cultura e sua compreensão são superiores a tudo o que já aconteceu antes.
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