Por: ALINE PAGNAN
Loja na rua Barão de Jundiaí |
“A história levou a sociedade a acreditar que a maçonaria era uma seita secreta. Mas nós nos apontamos como discretos. Nosso objetivo é promover a boa convivência social”, afirmou o presidente da Loja, Teodolindo Alves Ribeiro.
Em Jundiaí, muito já foi conquistado pelos maçons, como o fim da votação secreta na Câmara. “O projeto foi proposto por um vereador maçom e a ideia é defendida pela maçonaria”, explica ele sobre um dos nomes marcantes na política local, Manoel José da Fonseca, membro fundador da Loja.
Mas apesar da importância histórica, presente em várias decisões de ex-prefeitos, empresários e outros, Teodolindo assegura que nenhum deles tomou as decisões que determinaram os rumos da cidade por serem maçons. “A maçonaria não interfere nas decisões relacionadas a profissão de cada um, nem nunca interferiu. O que acontece é que o maçom defende a igualdade, a fraternidade, a união. E por isso, apoiamos decisões públicas que levam esses interesses em comum por uma sociedade mais justa”, define.
Para ser um maçom, antes de qualquer coisa, é preciso acreditar em Deus. Segundo Teodolindo, a sociedade fraternal da Loja admite todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça, religião, ideologia política ou posição social. “Para que uma Loja dê certo é preciso a união. Os membros são convidados a entrar para a Loja após uma análise e, se o perfil de interesses dele coincidir com os princípios básicos da maçonaria, ele é bem-vindo.”
Para ele, o fato da Loja ter 120 anos demonstra que a mesma visão foi mantida pelos membros desde a sua fundação. “Se temos um grupo unido até hoje é porque todos os novos membros convidados foram escolhidos corretamente, já que eles mantêm a nossa tradição.”
Trabalho social é foco mantido por entidade
A discrição da maçonaria é levada á sério até na hora de se fazer trabalho social. Para manter alguns projetos, a Loja Amor e Concórdia fundou a ABCJ (Associação Beneficente Cultural de Jundiaí). “Nossa intenção é manter o trabalho social, mas sem holofotes para a Loja. O que queremos é prestar o serviço e para isso foi criada a associação”, explicou Sérgio Aranha.
Há oito anos a entidade mantém o projeto “Preparando o Futuro”. em parceria com a Guardinha. “Todos os anos promovemos uma seleção entre os alunos da guardinha. Os melhores deles são convidados a fazer cursos no Senai, pagos pela ABCJ.”
Além do curso, o escolhido recebe acompanhamento por um ano, seja com transporte, alimentação e até mesmo fornecimento de cesta básica para a família quando necessário. “Os melhores alunos recebem o apoio da ABCJ na formação e custeamos a faculdade para eles.” O projeto está em andamento há oito anos e é o carro-chefe da associação. “É um orgulho poder ver os jovens que não teriam condições de cursar uma faculdade fazendo um curso profissionalizante e depois seguindo para o superior.”
A ABCJ ainda promove campanhas de Natal e de Inverno. “Além das campanhas sazonais como de brinquedos, da doação de cestas básicas, e de auxílio em situações de emergência”, explicou Sérgio.
MAIS
História
Em 1893, um grupo de Irmãos Maçons fundou a Loja Maçônica “Luz à Humanidade”, nome posteriormente alterado para “Amor e Concórdia”. O projeto desse templo foi inspirado em um esboço da Loja Maçônica de Mococa.
13 é o número de lojas maçônicas na cidade
Comemoração
No último dia 20, foi comemorado o Dia do Maçom Brasileiro. A Câmara recebeu um grupo de maçons para homenageá-los. Wilson Gianullo destacou a participação da maçonaria em eventos importantes do Brasil.
Espaço
Os eventos citados por ele foram proclamação da independência, a abolição da escravatura, o advento da República e a Revolução de 1932, entre outros. Wilson ainda ressaltou os valores defendidos pela instituição.
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