Filósofo vai à missa em SP com fé de que ouvirá mensagem para gays.
Homossexuais católicos têm fé de que o Papa Francisco faça algum pronunciamento sobre a relação entre os gays e a igreja durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que será realizada no Rio de Janeiro na próxima semana. Alguns irão ao encontro do pontífice em Aparecida (SP) e outros realizarão atividades paralelas como encontros e debates.
O filósofo Luiz Ramires Neto, 53 anos, conhecido como Lula, integra a Pastoral da Diversidade. Católico, ele assumiu ser gay quando ainda estava na universidade, onde estudava filosofia como preparação para ser padre. "Acabei me afastando da igreja. Ninguém me disse para sair, mas achei que seria mais coerente me afastar um pouco. Não que eu tenha perdido a fé, tenha deixado de fazer minhas orações e ir à missa com meus pais."
Em entrevista ao G1, Dom Geraldo Majella explicou que a igreja não proíbe a participação de homossexuais e que não exigirá de ninguém o abandono imediato das práticas homossexuais, já que considera "não ser fácil passar de um caminho para outro sem que haja uma conversão interior".
A vinda do Papa Francisco para a JMJ trouxe o assunto à tona, apesar do debate ser antigo e da Igreja Católica sempre se posicionar contrária a esse comportamento, há uma expectativa de que o pontífice trate do tema em um de seus pronunciamentos no Brasil.
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