Segundo a EFE, defendendo o budismo em Mianmar e rejeitando qualquer forma de associação da religião ao terror e à violência, o gabinete do presidente birmanês, Thein Sein, emitiu comunicado no último domingo (23/6). “O que escreveu a revista Time pode levar a mal-entendidos sobre a religião budista em Mianmar e prejudica os esforços para conseguir a conciliação inter-religiosa em Mianmar", disse.
O país asiático tem cerca de 60 milhões de habitantes, dos quais 89% são budistas, 4% muçulmanos e o restante de outras religiões.
Capa da Time, Wirathu é o líder de um movimento radical de monges budistas birmaneses que afirmam que a minoria muçulmana do país ameaça a pureza racial e a segurança nacional.
Esse grupo, conhecido por utilizar os dígitos 969 que é uma referência às virtudes de Buda, pediu restrições ao casamento entre budistas e muçulmanos e o boicote aos negócios de propriedade dos muçulmanos.
Cerca de 250 pessoas morreram durante os enfrentamentos entre budistas e muçulmanos que começaram há mais de um ano no estado de Rakhine, nordeste de Mianmar, e que se espalharam por diversas províncias do país.
A ONU, os Estados Unidos, a União Europeia e os governos de outros países expressaram preocupação com os distúrbios que podem contribuir para acabar com as reformas que ocorrem em Mianmar após quase 50 anos de regimes militares.
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