Com o dilema, o jogador deixou a pré-temporada do clube, em Portugal. Dois outros atletas do Newcastle, também muçulmanos, Cheik Tioté e Moussa Sissoko, não apontaram nenhum problema em vestir a camisa do clube com o novo patrocinador. Papiss Cissé propôs atuar com uma camisa sem patrocínios ou substituindo a marca do patrocinador pela marca de alguma fundação de caridade. A cúpula do clube prontamente recusou, afinal, a Wonga pagará 8 milhões de libras (mais de 27 milhões de reais) à equipe inglesa pela exposição da marca nesta temporada.
O fato é que, embora a situação seja criada pelo atacante, o protagonista da história é o clube inglês. Porque está em suas mãos o impasse entre ética religiosa e obrigação contratual. Por contrato, claro, o jogador deve vestir a nova camisa. Mas precisa o Newcastle, tradicional clube inglês, desrespeitar as convicções religiosas de um de seus atletas?
O ideal nesse caso, para que todos saiam ganhando, é a negociação do jogador com algum clube. Já é sabido o interesse do Anzhi, clube da Rússia que está disposto a fazer uma oferta na casa das 10 milhões de libras (cerca de 34 milhões de reais) pelo atacante. Nesse caso, o clube consegue embolsar um bom valor pela rescisão, superior inclusive ao que foi pago pelo patrocínio da Wonga para todo o ano. O jogador manterá, feliz, suas convicções religiosas. O patrocinador? Bem, qual ação de marketing levaria o nome da Wonga mundo afora como a situação causada levou? Ainda que não da melhor forma esperada, a divulgação maciça da Wonga aconteceu.
Por enquanto, o atacante que é um dos destaques do time, segue treinando sozinho para aperfeiçoar a forma física, cuidando do corpo. Porque, ao negar o patrocinador atual de seu clube por questões religiosas, mostra que segundo suas convicções, seu cuidado com a alma está em dia.
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