RIO - Os principais jornais argentinos desta terça-feira destacaram a recepção calorosa do Papa Francisco no Rio, "pero" com uma pequena dose de desorganização. Se a maioria das reportagens fala do espírito "caloroso" do povo brasileiro e do estilo humilde do Pontífice, houve também matérias que chamaram atenção para a manifestação em frente ao Palácio Guanabara e o engarrafamento e a situação vulnerável que o Papa passou na Avenida Presidente Vargas.
Com o título "Fervor total e algo de caos em sua chegada ao Rio", o periódico "La Nación" ressaltou a ansiedade da multidão de brasileiros e peregrinos em receber Francisco, que às vezes se transformou em confusão:
"Se se Papa Francisco queria sentir o fervor do Brasil, ontem, poucos minutos após sua chegada, ele mergulhou no espírito caloroso, alegre e por momentos desordenado deste enorme país", diz a reportagem, que continuou: "Um confuso momento ocorreu quando o veículo que encabeçava a comitiva errou a entrada da Avenida Presidente Vargas, no coração do Centro do Rio, e o comboio ficou preso no meio do caótico trânsito carioca".
O "La Nación" lembrou ainda que as ruas por onde o Papa Francisco desfilou no Rio foram palco de grandes manifestações há menos de um mês por melhorias em serviços públicos e contra a corrupção. Em outra reportagem da cobertura, o periódico contou a saga de peregrinos argentinos que chegaram no fim da noite de segunda-feira no Aeroporto do Galeão. Segundo a reportagem, a organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) orientou o grupo a dormir no saguão do aeroporto por medidas de segurança.
Já o maior jornal da Argentina, o "Clarín", reservou uma reportagem somente para contar os erros cometidos pela segurança do Papa em sua chegada ao Rio. A correspondente do periódico destacou na mesma matéria os protestos em frente ao Palácio Guanabara e a situação vulnerável do Papa na Avenida Presidente Vargas.
Para a jornalista, "do ponto de vista da segurança papal, (o episódio) foi visto como um erro gritante, dada a possibilidade de que um grupo exaltado pudesse atacar o carro do chefe da Igreja".
Ainda de acordo com a correspondente, os "confrontos de ontem à noite deram ainda mais atenção para os erros de segurança que tiveram a chegada do Papa". A jornalista ressaltou ainda multiplicidade de demandas do grupo de manifestantes e sua heterogeneidade. Segundo ela, além de feministas, havia militantes de partidos esquerdistas, representantes de movimentos estudantis e sem-terra. E concluiu:
"Após confrontos na noite passada, a imprensa local e internacional questionou mais fortemente o fracasso das exigências nesta área, o que deve ser observado, pois é uma figura dessa hierarquia. Ele nem sabia que havia um erro do chofer no itinerário".
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