Encíclica feita pelos dois foi lançada nesta sexta-feira (5).
Eles se abraçaram após a inauguração de estátua de São Miguel.
O Papa Francisco e o Papa Emérito Bento XVI voltaram a se encontrar pessoalmente nesta sexta-feira (5) no Vaticano, durante a inauguração de uma estátua a São Miguel. Os dois se abraçaram após a cerimônia.
O encontro ocorreu no dia do lançamento da primeira encíclica da história escrita por dois Papas, com o título "Lumen fidei" ("A luz da fé").
Para esta cerimônia na qual também se consagrou o Estado pontifício a São João Juan e São Miguel, o papa Francisco havia expressamente convidado Bento XVI.
O ato que aconteceu na praça em frente ao "Governatorato", sede do Governo da Cidade do Vaticano, e ali Joseph Ratzinger esperou a chegada de Francisco, que foi imediatamente cumprimentá-lo e abraçá-lo.
Francisco lembrou que esta consagração era uma iniciativa planejada há muito tempo com a aprovação de Bento XVI e o papa voltou a dedicar palavras de 'carinho e reconhecimento'.
"Queremos expressar nossa grande alegria por tê-lo aqui presente, junto a todos nós. Obrigado de coração".
Encíclica
No texto, que é uma mensagem sobre a importância da fé cristã, o Papa Francisco defende "a família fundada no matrimônio, entendido como união estável de um homem e uma mulher".
A encíclica, considerada o documento mais importante que um Papa escreve durante o pontificado, foi traduzida para vários idiomas, entre eles espanhol, italiano, francês, inglês, alemão e português, e é uma ampla reflexão sobre a fé no mundo moderno.
Na introdução, o Papa argentino explica que o primeiro esboço da encíclica foi escrito pelo agora Papa Emérito Bento XVI, ao qual ele apenas agregou algumas contribuições, demonstrando uma intenção de continuidade doutrinal.
"É um documento forte. Um grande trabalho, ele começou e eu vou terminar", havia anunciado Francisco, em 13 de junho, durante um encontro com os bispos de todo o mundo, quando reconheceu que o texto foi escrito "a quatro mãos".
Esta é a primeira encíclica da história do catolicismo escrita por dois pontífices, já que Bento XVI iniciou a redação antes de renunciar ao pontificado em fevereiro.
Turbulência
A encíclica vem no momento em que a Igreja enfrenta uma nova turbulência com o escândalo envolvendo o banco do Vaticano, após a prisão de um prelado e a renúncia de dois dos principais gestores do banco, conhecido oficialmente como Instituto Obras de Religião (IOR).
O novo papa já nomeou uma comissão de inquérito para se familiarizar com os problemas do IOR. Limpar uma instituição notória por sua falta de transparência será um dos seus mais espinhosos desafios.
Papas santos
Ela também sai no mesmo dia que o Vaticano anunciou que os falecidos Papas João Paulo II e João XXIII vão ser canonizados, em data ainda não definida.
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