Mulheres planejam 'dirijaço' para dia 26 de outubro.
Por: Reuters, G1
Clérigo saudita diz que dirigir pode afetar ovário da mulher |
Uma campanha convocando as mulheres a desafiar o banimento em um 'dirijaço' no dia 26 de outubro se espalhou rapidamente pela internet na última semana, atraindo apoio de proeminentes ativistas. No domingo, o site da campanha teve acesso bloqueado dentro do país.
Em uma entrevista publicada na última sexta-feira no site sabq.org, o sheik Saleh bin Saad al-Lohaidan disse que as mulheres que querem acabar com a proibição deveriam "colocar a razão à frente do coração, emoção e paixões". O sheikh é um conselheiro jurídico de uma associação de psicólogos do Golfo.
Seus comentários refletem a extensão da oposição à permissão para a mulher dirigir entre os conservadores na Arábia Saudita. "Se uma mulher dirigir um carro, sem ser por pura necessidade, isso poderia ter impactos psicológicos negativos, já que estudos comprovam que [o ato] afeta automaticamente os ovários e empurra a pélvis para cima", disse ele na entrevista.
"Por esse motivo vemos que quem dirige regularmente têm crianças com problemas clínicos de níveis variados", disse o sheik, que não citou os estudos comprovariam sua opinião.
A proibição à direção feminina não é oficialmente uma lei no país, mas só homens recebem carteiras de motorista. As mulheres podem ser multadas se forem pegas dirigindo sem carteira, mas também foram presas e julgadas por protestar politicamente.
Sheikh Abdulatif Al al-Sheikh, o chefe da polícia moral, disse à agência de notícias Reuters uma semana atrás que não havia no texto que faz a sharia, a lei islâmica, nada que proibisse a mulher de dirigir. O rei Abdullah implementou reformas tímidas objetivando ampliar as liberdades femininas no reino, incluindo abrir mais oportunidades de emprego, mas nada foi falado sobre dirigir.
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