Por: Allan de Abreu, diarioweb
A decisão foi tomada no sábado à noite, durante culto da entidade. Para os suspensos, a medida foi uma retaliação do atual presidente, Lucas Martins, que assim como Paulo Sérgio está entre os investigados pela Polícia Civil e Ministério Público pelos crimes de apropriação indébita, sonegação fiscal, estelionato e enriquecimento ilícito.
O inquérito, divulgado com exclusividade pelo Diário no último domingo, foi motivado por denúncia encaminhada ao Ministério Público pelo grupo liderado por Palmeira e pelos pastores Otni Soares de Castro e Airton Ângelo Panachone, também suspensos. “Foi uma decisão arbitrária, jamais esperávamos por isso”, criticou Otni.
“Não fiz nada de errado, e sou membro da igreja desde que nasci. Até placa em minha homenagem tem na frente da igreja. Por isso não me considero disciplinado”, reagiu ontem o vereador - os membros da Assembleia se referem à suspensão como disciplina. Nessa condição, eles não podem cantar hinos, nem têm direito à palavra na igreja. A punição só cessa quando o fiel pede perdão publicamente à igreja, segundo o atual presidente.
Além de Lucas, também são investigadas pela polícia outras cinco pessoas, incluindo o pastor Paulo Sérgio Dutra de Moraes, e a mulher, Maria Lúcia, ex-presidentes da Assembleia. O casal é dono de uma mansão avaliada em R$ 1,5 milhão, e chegou a ter cinco BMWs, quatro zero quilômetro.
A polícia suspeita que o patrimônio dos dois tenha origem no desvio de recursos doados pelos fiéis - segundo pastores da igreja, ao assumir a direção da Assembleia, em 1999, Paulo Sérgio tinha um carro Fiat 147 e morava em uma casa humilde no residencial Gabriel Hernandes, periferia da cidade.
Quebra de sigilo
Há duas semanas, o delegado do 2º Distrito Policial de Catanduva, Pedro Luís de Senzi Carvalho, responsável pelo caso, solicitou à 2ª Vara Criminal da cidade a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos seis investigados, além da relação de bens do grupo. Mas o juiz do caso, Alceu Lima Correia Júnior, devolveu o pedido ao delegado solicitando a ele que especifique o período de tempo que deseja das movimentações financeiras de cada investigado.
Ontem, Lucas Martins negou que a suspensão do trio seja uma retaliação. Segundo ele, os três teriam criado uma “igreja paralela” há cerca de três meses, quando passaram a promover cultos em outro imóvel. “Eles estimulam os fiéis a deixar a Assembleia. Isso é rebelião e divisão, que prejudica os membros”, argumenta. Otni rebate: “Nosso movimento não é contra a igreja, mas contra a atual direção.” Com 6 mil fiéis e arrecadação mensal estimada em R$ 300 mil, a Assembleia é a maior denominação evangélica do município. Leia mais sobre o assunto, abaixo, no final desta matéria, em Notícias Relacionadas.
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