Por: Gladys Peixoto, G1 Mogi das Cruzes e Suzano
A polícia de Biritiba Mirim (SP) espera o contato de pais de possíveis vítimas de um pastor suspeito de pedofilia que foi preso na cidade. Até segunda-feira (2), a Polícia Civil já tinha aberto dois inquéritos para investigar o estupro de quatro crianças entre 9 e 4 anos.
O suspeito, de 57 anos, é pastor de uma igreja evangélica na região central da cidade. A investigação dos casos começou depois que uma criança viu o suspeito molestando uma das vítimas. “Ela contou o fato para mãe, que é amiga da mãe das crianças. Neste caso são dois irmãos, uma de menina de 4 anos e um menino de 6 anos. Quando a mãe questionou o filho, ele confirmou o abuso", contou o delegado Marcos de Almeida Tourinho, que responde temporariamente pelo Distrito Policial de Biritiba Mirim.
O outro caso é de duas irmãs, de 9 anos e 8 anos. O delegado disse que a família confiou às crianças ao suspeito. "O que nós apuramos é que a família das meninas estava reformando a casa e o pastor fez a cabeça dos pais para deixar as meninas na casa dele. As meninas relataram que ele dormia com as duas em uma cama de casal. Em uma ocasião, elas disseram que a mais nova fez xixi na cama e ele a obrigou a dormir nua. Entre outras coisas, elas disseram que ele mexia em seus órgão genitais”, explicou o delegado.
Com base nessas informações o delegado instaurou dois inquéritos por estupro de vulnerável e pediu a prisão temporária do suspeito. Tourinho explicou que o juiz concedeu a prisão e o suspeito foi preso na sexta-feira (29) e está na cadeia de Mogi das Cruzes.
A expectativa da polícia é que outros pais apareçam com novas denúncias. “Com a prisão do suspeito, as pessoas ficam mais seguras para conversar com a polícia. Por isso, acreditamos que mais casos devam aparecer”, disse o delegado. Ele contou que já pegou o computador do suspeito, que deve ficar preso um mês. “Desta forma, ele não atrapalha as investigações e também não pode fugir.” Tourinho não descarta prorrogar a temporária por mais 30 dias e até pedir a prisão preventiva se não conseguir ouvir todas as testemunhas dos inquéritos.
Desconfiança
“Foi difícil manter a calma, esconder do meu marido e da minha família para ele não fugir”, desabafou a mãe da menina de 4 anos e do menino de 6 anos, vítimas do suspeito, que preferiu não se identificar.
A mulher frequentava há anos a igreja e conhecia há muito tempo o pastor. Segundo a mãe, muitas mulheres deixavam as crianças frequentarem a escolinha da igreja. Além disso, ela explicou que o pastor ajudava as mães buscando e levando as crianças à escola.
Por telefone, ela disse ao G1 que há cinco meses desconfiou do pastor ao ver uma criança sentada em seu colo. “Eu não podia levantar uma falsa suspeita. As crianças gostavam muito dele”, disse a mulher. Ela só voltou a suspeitar do homem depois que a filha da amiga contou que viu o pastor acariciando seu filho. “Eu conversei com o meu filho para saber se era verdade e ele disse que sim. Ele contou o que o pastor fazia e como ele o ameaçava se contasse algo para os pais. Ele ameaçava deixar meu filho de castigo. Então, eu e minha amiga fomos até a casa de um policial que conhecemos na cidade e ele nos orientou como agir para evitar que o homem fugisse.”
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