Por: Vermelho, Com informações do portal de notícias Voice of America (VOA)
O porta-voz do governo Lambert Mende disse que forces da segurança capturaram mais de 150 milicianos, jovens que foram enviados em “missões suicidas” pelo que classificou de “uma espécie de guru”, ao qual não deu um nome.
Mende disse que diversas justificativas teriam sido apresentadas para explicar a violência da segunda-feira, mas que seriam políticas em natureza. O porta-voz afirmou que é difícil ligar essas justificativas com qualquer “plano de Deus”, e difícil enxergar como um indivíduo poderia ter o direito de abalar a sociedade por estar desapontado com a nomeação de alguém para algum posto político.
No mesmo dia, jovens que capturaram brevemente uma emissora de televisão transmitiram uma mensagem na qual identificavam-se como seguidores de Mukungubila. A estação foi um dos três locais atacados na capital do país.
Um comunicado de imprensa do “Escritório do Profeta”, postado no Facebook e divulgado pela conta de Twitter do pastor, dizia que os ataques foram espontâneos protestos dos seus seguidores em diversas partes do país. O texto dizia que o levante foi uma resposta a forças de segurança que teriam impedido jovens seguidores de distribuir panfletos no dia anterior e atacado a casa do pasto, Ca cidade de Lubumbashi, no sudeste.
A página do reverendo Mukungubila, chamada de Ministério da Restauração da África Negra, apelidou o pastor de “Profeta do Eterno”. Uma série de vídeos postados no Youtube do reverendo diz que ele “casou o sacerdócio com a política”. Mukungubila concorreu à presidência da RDC em 2006, mas ganhou menos de 1% dos votos.
Desde então, tem sido uma figura política menor, com quase nenhuma expressão, mas que critica veemente e frequentemente o presidente Joseph Kabila e o país vizinho, o Ruanda.
Mukungubila confirmou a diversas agências internacionais de notícias que seus seguidores estiveram envolvidos nos ataques de segunda-feira. Entretanto, ainda é incerto se ele teve algum papel na coordenação da violência, ou se seus seguidores agiram por conta própria.
O país vinha sofrendo outra onda de violência armada aparentemente não relacionada com o episódio atual, até que, em novembro, o líder e cerca de 1.500 rebeldes do grupo Congresso Nacional para a Defesa do Povo (também chamado M23, pelo acordo assinado em 23 de março de 2009, e depois ignorado) entregaram-se às autoridades e assinaram um acordo.
Alguns analistas identificaram as raízes deste conflito com as divergências sobre a estruturação governamental após a fuga de milicianos do grupo étnico hutu, até então no governo do Ruanda, após o genocídio de centenas de milhares de tutsis, em 1994.
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