Na presença da presidente brasileira, Dilma Rousseff, o papa acrescentou que a visita ao Brasil vai além fronteiras, já que se deve à celebração no Rio das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) e à vontade de se encontrar com jovens de todo o mundo, "que falam diferentes línguas, pertencem a culturas diferentes e encontram em Cristo as respostas às mais altas e comuns aspirações e podem saciar a fome de uma verdade clara e de um genuíno amor que os une, acima de qualquer divergência".
"Cristo oferece espaço, sabendo que não pode haver energia mais poderosa do que aquela que nasce do coração dos jovens quando são seduzidos pela experiência da amizade com Ele. Cristo acredita nos jovens e confia-lhes o futuro da sua própria missão. Ide e fazei discípulos. Ide mais além das fronteiras humanamente possíveis e criem um mundo de irmãos", assinalou.
Mas os jovens - acrescentou - têm confiança em Cristo, "não têm medo de arriscar com Ele a única vida que têm, porque sabem que não serão defraudados".
O papa afirmou saber que, ao dirigir-se aos jovens, fala também para as famílias, comunidades eclesiásticas e nações de origem, "aos homens e mulheres de que depende, em grande medida, o futuro destas novas gerações".
"A juventude é a janela pela qual entra o futuro do mundo e, por isso, impõe-nos grandes desafios. A nossa geração vai mostrar-se à altura da promessa que há em cada jovem, quando se sabe oferecer espaço, tutelar as condições materiais e espirituais para um desenvolvimento pleno, dar-lhe uma base sólida sobre a qual possa construir a sua vida", sublinhou.
O papa também pediu aos adultos que garantam aos jovens segurança e educação, a transmissão de valores duradoiros "pelos quais valha a pena viver", assegurando-lhes um horizonte "para a sede de felicidade autêntica e criatividade no bem", ao mesmo tempo que lhes deixam como herança um mundo que corresponda "à medida da vida humana".
O Francisco sublinhou ter sido desejo da providência que a primeira viagem ao estrangeiro fosse à América Latina, região de onde viajou para Roma, para o conclave em que foi eleito papa, a 13 de março.
"Aprendi que, para ter acesso ao povo brasileiro, é preciso entrar pela porta do seu imenso coração. Permitam-me, pois, que bata suavemente a essa porta. Peço licença para entrar e passar esta semana convosco", disse.
Jorge Bergoglio abraçou toda a nação brasileira, "desde a Amazónia à pampa, das regiões áridas ao pantanal, das pequenas aldeias às grandes cidades, que ninguém se sinda excluído do afeto do papa".
Assinalou que na quarta-feira visita o santuário de Aparecida, a cerca de 200 quilómetros do Rio de Janeiro, para rezar à padroeira do Brasil, cuja maternal proteção pediu para os lares e famílias.
Depois desta cerimónia, o papa reuniu-se a sós com Rousseff, no palácio de Guanabara.
Francisco ficará na residência religiosa de Sumará, no Rio, e na terça-feira não terá programa oficial para poder descansar.
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