Cerca de 2 mil pessoas participaram, na tarde deste domingo, dia 8, da 6ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, na orla da Copacabana, na zona sul do Rio. O objetivo do evento, promovido pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), é destacar que respeito e amor ao próximo são possíveis - e necessários - independentemente de qualquer credo. Participaram da caminhada católicos, evangélicos, representantes de religiões de matriz africana (como umbanda e candomblé), além de judeus, muçulmanos, espíritas e budistas, entre outros.
As caminhadas em Defesa da Liberdade Religiosa começaram em 2008, quando um grupo de fiéis da umbanda e do candomblé foi expulso de uma favela na Ilha do Governador, zona norte do Rio, por traficantes convertidos a religiões evangélicas neopentecostais. "Vivemos em um Estado laico. Não se pode admitir que uma crença ou religião mostre-se como a melhor e demonize as demais. Isso é fascismo", diz Ivanir dos Santos, membro da CCIR.
No início deste mês, representantes da comissão denunciaram ao Ministério Público casos semelhantes de perseguição a fiéis de religiões afro em favelas dominadas pelo tráfico nos bairros de Vaz Lobo e Vicente de Carvalho, também na zona norte. Terreiros estariam sendo invadidos e seus frequentadores ameaçados por vestirem roupas brancas. Mais uma vez, os agressores seriam traficantes que seguem outras religiões.
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