A ONG Centro de Atendimento ao Trabalhador (Ceat), está sendo acusada em investigação da Polícia Federal de desviar R$ 18 milhões em convênios de R$ 47,5 milhões firmados com o Ministério do Trabalho. Alvo da Operação Pronto Emprego, a ONG teve sete gestores presos, entre eles o padre Lício de Araújo Vale.
Com origem na Igreja Católica, a ONG era inicialmente denominada “Centro Arquidiocesano do Trabalhador”, segundo o Estadão, e seu envolvimento no desvio de verbas destinadas ao auxilio de trabalhadores causou “surpresa” na Arquidiocese de São Paulo, que divulgou nota comentando o caso, afirmando que “deseja que se faça plena luz sobre todos os fatos e que as responsabilidades sejam assumidas por quem as deve assumir”.
- O Ceat nasceu na Arquidiocese de São Paulo como ‘Centro Arquidiocesano do Trabalhador’, em dezembro de 2012. Mas há vários anos transformou-se numa Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, passando a se chamar ‘Centro de Atendimento ao Trabalhador’, com personalidade jurídica, vida, gestão e responsabilidades de gestão próprias. Depois disso, a Arquidiocese de São Paulo deixou de ter qualquer responsabilidade administrativo-financeira sobre a entidade – afirmou a Arquidiocese.
A Cúria afirmou também que não tomará nenhuma providência com relação à prisão do sacerdote católico no caso. O padre preso pela Polícia Federal é diretor administrativo da ONG e foi preso na terça feira (03) sob suspeita de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e peculato.
- Do ponto de vista civil, padre Lício deverá responder por si, inclusive com amplo direito à defesa. Do ponto de vista canônico, ele pertence à Diocese de São Miguel Paulista – ressaltou a Arquidiocese, por meio de sua assessoria de imprensa.
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