Frei Jesuíno trabalhou com o pintor sacro José Patrício da Silva Manso (1753-1801) na pintura do teto sobre o altar-mor, recentemente restaurada. As prospecções revelaram pinturas antigas sob as paredes do corpo central e nos altares laterais da igreja, mas as tintas mais recentes ainda não foram retiradas. Ante os achados, especialistas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) já chamam a igreja ituana, construída em 1780, de "Capela Sistina paulista".
A igreja, uma das únicas construções em taipa do Estado que mantêm a estrutura original, está em restauro há 13 anos. Segundo o arquiteto Alberto Magno de Arruda, quando foram retiradas as dez telas do frei Jesuíno da nave do altar-mor para o restauro, observou-se que elas estavam fixadas em fundo de madeira não pintado. "Percebemos que as telas faziam parte da decoração original da nave, pintada de branco há um século. Na prospecção, encontramos a pintura original." A remoção da tinta branca revelou um conjunto de doze pinturas.
O trabalho se estenderá, por etapas, ao restante da igreja, incluindo os altares laterais, com entalhes em madeira policromada e as imagens originais do século 18. O órgão francês Cavaillé-Coll, do fim do século 19, também será restaurado. "Como recuperamos a acústica original da igreja com a troca do piso de ladrilhos por madeira, vai ser interessante ouvir o som desse órgão", disse Arruda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (AE)
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